Sinopse
Este é um dicionário de verbetes improváveis? um almanaque de pensamentos absurdos? Uma coletânea de proseado sem sentido, como aquelas conversas regadas de fumacê (e o autor nem é da turma da fumaça) e bebidas? Ou será um livro de humor e crítica política?
Todas as alternativas cabem neste delicioso livro: tem o besteirol (“paupérrimo”, pênis de pobre), o jogo de palavras (dizimar, cobrar o dízimo), o nonsense (Peripatético, o índio Peri tentando conquistar Ceci), a crítica social e política (o príncipe dos sociólogos virou o rei dos vendilhões) e por aí vai.
É também um livro de poesias, haicais, ou kai-kais, como sinaliza o autor, transitando por temas da política, a inexorabilidade do tempo, das trapaças da vida. Não procurem nessas páginas a coerência dos chatos nem o politicamente correto dos “certinhos”; Mouzar Benedito transita entre brinquedos retóricos ingênuos (porco confuso / perdeu a porca / para o parafuso) a “molecagem” despreocupada com polimentos contemporâneos (entrar no vermelho – transar com homossexual comunista) à reflexões sobre os sentidos da vida escritas no reclusão da pandemia de Covid-19.
Divididos em cinco blocos, que dão título à obra, cada um possui dinâmica e fluidez própria, podem ser lidos na sequência ou aleatoriamente, um livro para se divertir, como se divertiu o autor ao escrevê-lo.
Autor
Mouzar Benedito é jornalista, nasceu em Nova Resende (MG) em 1946, o quinto entre dez filhos de um barbeiro. Trabalhou em vários jornais alternativos (Versus, Pasquim, Em Tempo, Movimento, Jornal dos Bairros – MG, Brasil Mulher). Estudou Geografia na USP e Jornalismo na Cásper Líbero, em São Paulo.
Pela Limiar publicou os seguintes títulos:
Memória Vagabunda
Trem Doido
O tropeiro que não era aranha nem caranguejo
João do Rio, 45
O mistério do obelisco
O sítio Tesla
Tinha um bar no meio do caminho
Palavra de
caipira
O mistério do obelisco
João do Rio, 45
Coleção Bill Ferrer